Indicadores
Energia
O consumo de energia direta na Portonave, que representa a soma da energia elétrica e dos combustíveis utilizados, totalizou 250,04 mil gigajoules (GJ) em 2015, frente a 254,68 mil GJ no ano anterior. O consumo de energia elétrica foi de 153,53 mil GJ, enquanto o de combustíveis fósseis totalizou 96,51 mil GJ.
Considerando o consumo total de energia e o volume de TEUs movimentados no ano, o Terminal alcançou um índice de intensidade energética de 0,3678 GJ por TEU movimentado, frente a 0,3639 GJ por TEU movimentado em 2014.


EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
A circulação de veículos e de equipamentos de grande porte, movidos a combustíveis fósseis, é a principal geradora de emissões atmosféricas, pó e poeira nas dependências do Terminal. Por isso, os níveis de emissões são monitorados regularmente. A Portonave analisa o grau de enegrecimento de fumaça diretamente no escapamento dos caminhões de terceiros que acessam suas instalações – essa verificação é feita por amostragem. Quando os limites são ultrapassados, os proprietários são notificados e orientados a realizar ajustes mecânicos. A frota interna de máquinas e veículos da Portonave passa mensalmente pela mesma inspeção sendo parte integrante do programa de controle e manutenção preventivo e preditivo.
Pelo menos uma vez ao mês, as equipes da Companhia verificam a presença PTS – Partículas Totais de Suspensão e PI – Partículas Inaláveis, a partir de amostragens de ar. Ações de prevenção e correção são adotadas imediatamente
no caso de serem encontradas em excesso, visando neutralizar o impacto o empreendimento possui equipamento de varrição mecânica, o qual realiza a limpeza do pátio regularmente.
Desde 2011 a Portonave realiza anualmente o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Em 2015, a Companhia contabilizou emissões diretas brutas (escopo 1) – provenientes de fontes estacionárias e móveis, além de processos e de fugas de emissão – de 6.557,616 tCO2e (toneladas de carbono equivalente, unidade utilizada na medição de emissões).
Desde 2011 a Portonave realiza anualmente o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
As emissões indiretas da Portonave, relacionadas ao uso de eletricidade (escopo 2), totalizaram 4.188,397 tco2e. As outras emissões indiretas (escopo 3) da Companhia totalizaram 25.054,503 tco2e –o inventário considerou as emissões relativas ao transporte de colaboradores e prestadores de serviço fixos no trajeto para o trabalho, aos caminhões que movimentam contêineres no pátio do Terminal, a viagens aéreas, a fontes estacionárias como geradores e fogões de cozinha e a disposição de resíduos não reciclados em aterros sanitários.

REDUÇÃO DE
___ EMISSÕES
A Portonave concluiu em 2015 a primeira fase do projeto de eletrificação dos transtêineres, guindastes que fazem o movimento do contêiner do caminhão para o pátio de armazenagem e vice-versa. Com a implantação do sistema Busbar System, os 18 equipamentos do Terminal passarão a ser alimentados com energia elétrica e não mais com geradores a diesel.
A área de expansão de contêineres recebeu a primeira etapa do projeto, com a instalação do sistema em oito transtêineres. Em 2016, o sistema será estendido aos outros 10 equipamentos. Entre as vantagens da eletrificação está a redução significativa da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Quando finalizado, o projeto permitirá reduzir em 62% o consumo de diesel no Terminal. Assim, as emissões de CO2 pelos transtêineres serão reduzidas em 98% e as emissões totais do Terminal em 56%.
Água
Toda a água utilizada na Portonave é fornecida pela Secretaria de Saneamento de Navegantes (Sesan), que é abastecida pelo Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura (Semasa) do município de Itajaí. A água é captada no canal do Rio Itajaí-Mirim, em Itajaí, sem interferência significativa sobre os corpos hídricos da região. Em 2015, o consumo somou 10,95 mil m3 de água. O acompanhamento do consumo é realizado diariamente por meio da verificação dos hidrômetros digitais.

EFLUENTES
A Portonave monitora trimestralmente a qualidade das águas subterrâneas na área do Terminal e mensalmente a da água do Rio Itajaí-Açu. Dessa forma, busca assegurar ações corretivas no caso de eventuais contaminações dos lençóis freáticos ou do estuário por produtos químicos ou derivados de petróleo utilizados nas
suas atividades.
A Companhia mantém ainda um programa mensal de análise da água potável destinada ao consumo humano, cumprindo o que determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A equipe de gestão ambiental atesta diariamente os níveis de cloro na água.

A Portonave possui uma estação de tratamento de efluentes (ETE) sanitários, para a qual são direcionadas as águas residuais das atividades do Terminal antes do descarte. Em 2015, essa ETE foi ampliada, de modo que foi necessário desativá-la entre os meses de junho e dezembro. Antes desse período, foram tratados na ETE 12.768 m³ de efluentes, lançados no Rio Itajaí-Açu em conformidade com os padrões da legislação vigente. Nos meses seguintes de 2015, foram encaminhados para tratamento externo, por empresa especializada contratada, outros 5.711,93 m³ de efluentes. A ETE da Portonave deverá voltar a operar em 2016.
O Terminal descarta água superficial diretamente no estuário. A água é recolhida por meio de um canal de drenagem de aproximadamente 200 metros, para onde converge um sistema de captura de água da chuva com cerca de 5 mil metros de comprimento. O canal é impermeabilizado e possui uma comporta que impede o contato da água armazenada com o rio. Isso evita que, no caso de um vazamento de produtos poluentes no pátio, a água contaminada desague no rio. O pH e o nível de oxigênio dissolvido (OD) na água do
canal de drenagem são inspecionados diariamente. Mensalmente, a Portonave realiza, ainda, análises laboratoriais no ponto de lançamento, de modo a manter os padrões de qualidade exigidos pela legislação.
O Terminal possui uma equipe, em tempo integral, formada por técnicos preparados para agir rapidamente em situações preventivas ou emergenciais relacionadas a eventuais acidentes ambientais. As ocorrências mais comuns são pequenos vazamentos de óleo de veículos e equipamentos, em especial de terceiros, além de avarias em contêineres que transportam cargas perigosas. Os vazamentos são registrados em relatórios técnicos, sendo que em 2015 não houve registros de eventos relevantes dessa natureza.
O canal de drenagem é impermeabilizado e possui uma comporta que impede o contato da água armazenada com o rio.
RESÍDUOS
O sistema de coleta seletiva abrange todas as áreas e os departamentos da Portonave. Contentores específicos são disponibilizados para que os colaboradores separem os resíduos e a empresa dê a eles a destinação correta. Os materiais são, em geral, recolhidos diariamente e mantidos em Centrais de Armazenamento Temporário no Terminal. Depois, são coletados por empresas terceirizadas especializadas no descarte de cada tipo de resíduo. Tais empresas possuem as devidas autorizações e cumprem os requisitos legais relativos às suas atividades.
Todo esse processo segue os trâmites previstos na Lei nº 12.305/10, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A PNRS preconiza a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos, além da disposição final ambientalmente adequada. Materiais que eventualmente não possam ser recuperados são encaminhados para tratamento em aterros sanitários. A produção e a destinação dos resíduos da Portonave são registradas e reportadas periodicamente à Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). Em 2015, o Terminal gerou 8.682,83 toneladas de resíduos não perigosos e 812,68 toneladas de resíduos perigosos, totalizando 9.495,51 toneladas.

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
A Portonave executa, em Navegantes, uma das maiores obras de recuperação de praia urbana do Brasil. O Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) Nossa Praia compreende os 102 hectares de praias do município – área equivalente a mais de 100 campos de futebol. A iniciativa é voltada à regeneração da restinga, abrangendo ações como a retirada de vegetação exótica, o plantio de espécies nativas, a reconstrução de dunas e o fechamento de trilhas irregulares. O projeto prevê também a revitalização da orla, com a construção de um deque e de uma ciclovia, além da ampliação da iluminação.
Os investimentos, de quase R$ 7 milhões, são divididos entre a Companhia e a Prefeitura de Navegantes, parceira do projeto. A previsão é de que as obras, iniciadas no primeiro semestre de 2015, sejam concluídas até abril de 2016. Após essa data, a Portonave manterá, durantes os 36 meses subsequentes, ações de monitoramento da recomposição da vegetação nativa e de controle das espécies exóticas.

A Companhia investe no projeto Nossa Praia como forma de compensação ambiental pelo uso de uma antiga área de preservação anexa ao Terminal. Em 2015, a Portonave adquiriu uma área adjacente ao atual empreendimento, contendo uma Área de Preservação Permanente (APP) com 0,093 km². Essa área possui classificação de vegetação secundária em estágios inicial e médio de regeneração da Mata Atlântica.
AVALIAÇÃO DE
____FORNECEDORES
A contratação de fornecedores e de serviços de terceiros pela Portonave é precedida por um processo minucioso de avaliação. A Companhia exige a apresentação de documentos que atestem o cumprimento de obrigações ambientais, trabalhistas, jurídicas, administrativas e de segurança do trabalho.
Para fornecedores classificados como críticos, semestralmente ou sempre que um contrato é concluído é realizada uma reavaliação do fornecedor. São verificados e avaliados a vigência dos documentos e das comprovações apresentados, a qualidade do serviço prestado, o cumprimento de prazos e outras especificações. Quando necessário, o cumprimento dos requisitos legais pode ser conferido in loco pela Portonave.